Num casamento perfeito de versos entrosados na língua
ronga, o agrupamento Xitiku ni Mbaula proporcionou momentos eufóricos ao
auditório que se fez presente no Literatas, marcando desta forma o encerramento
deste que foi o primeiro dia do Festival.
Os embaixadores do Hip Hop em Changana apresentaram
diversos temas que foram acompanhados pelo público que fez questão de cantar
cada uma de suas músicas.
Crianças, jovens e até adultos se deixaram levar pelos
versos líricos cantados em ronga. A crítica social é referência obrigatória
quando se trata do agrupamento Xitiku Ni Mbaula.
O agrupamento que sobrevive há mais de 20 anos junta dois
elementos que cresceram juntos algures no Bairro Patrice Lumumba, nomeadamente
Leonildo Banze e Sérgio Mabjaia.
Para estes jovens a língua é uma forma de preservar as
suas origens e de poder interagir com todas as camadas sociais, principalmente
aos mais desfavorecidos que são discriminados por não saberem ler ou escrever. Xitiku
Ni Mbaula vê nesta camada social uma escola que tem a capacidade de ouvir e
ensinar a quem quer que seja.
Por fim, jovens das redondezas, inspirados pela
estimulante actuação dos rappers, tiveram a oportunidade de actuar apresentando
os famosos freestyles. Os músicos vêem no festival uma oportunidade de alastrar
as mensagens de suas músicas, e ter cada vez mais jovens entretidos com as
artes e a cultura.
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