Na sua comunicação, o escritor,
jornalista e professor de literatura, Calane da Silva contou que, faz parte de
uma geração onde a liberdade de expressão era ofuscada. No entanto, esta mesma
geração é tida como uma geração de inconformados. E esse inconformismo faz com
que nasça uma geração que sempre dominou o cenário literário moçambicano,
durante os tempos que sucederam o colonialismo. “Começa um activismo muito
grande. Constitui-se a AEMO (Associação de Escritores Moçambicanos) ”.
Sobre a literatura moçambicana,
Calane da Silva explicou à plateia presente no Festival, que ela é uma herança
colonial tanzaniana, doutrinária e cosmopolita. Neste cenário, desenha-se uma
história literária com muita influência da América do Sul, particularmente do
Brasil. “A literatura brasileira foi um abrir de olhos para os moçambicanos.”
Para Calane, “os brasileiros ensinaram não somente a cantar a nossa realidade,
mas também, a escrever.”
O escritor, falou da necessidade
de se registar os diversos eventos que acontecem no País. “A memória” deve
“registar”. “É preciso registar os festivais”. De forma a motivar as pessoas.
Na mesma senda, ele exorta a um consumo
exacerbado da cultura.
E para finalizar, Calane da Silva,
impulsionador do Movimento literário Kuphaluxa, parabeniza os organizadores do
Festival Literatas e incentiva-os a criar mais eventos de género noutras
cidades. Esse tipo de Festival irá, segundo o orador, “animar o País” e chamar
atenção das “Editoras”.
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