sexta-feira, 23 de outubro de 2015

‘‘A Literatura é para romper os silêncios dos bairros da periferia’’


Na sua comunicação, o escritor, jornalista e professor de literatura, Calane da Silva contou que, faz parte de uma geração onde a liberdade de expressão era ofuscada. No entanto, esta mesma geração é tida como uma geração de inconformados. E esse inconformismo faz com que nasça uma geração que sempre dominou o cenário literário moçambicano, durante os tempos que sucederam o colonialismo. “Começa um activismo muito grande. Constitui-se a AEMO (Associação de Escritores Moçambicanos) ”. 
Sobre a literatura moçambicana, Calane da Silva explicou à plateia presente no Festival, que ela é uma herança colonial tanzaniana, doutrinária e cosmopolita. Neste cenário, desenha-se uma história literária com muita influência da América do Sul, particularmente do Brasil. “A literatura brasileira foi um abrir de olhos para os moçambicanos.” Para Calane, “os brasileiros ensinaram não somente a cantar a nossa realidade, mas também, a escrever.”
O escritor, falou da necessidade de se registar os diversos eventos que acontecem no País. “A memória” deve “registar”. “É preciso registar os festivais”. De forma a motivar as pessoas. Na mesma senda, ele  exorta a um consumo exacerbado da cultura.

E para finalizar, Calane da Silva, impulsionador do Movimento literário Kuphaluxa, parabeniza os organizadores do Festival Literatas e incentiva-os a criar mais eventos de género noutras cidades. Esse tipo de Festival irá, segundo o orador, “animar o País” e chamar atenção das “Editoras”.

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